quinta-feira, 19 de março de 2009

A porta estreita


Foi o primeiro livro que li de André Gide (prémio Nobel da literatura em 1947) e achei-o bastante triste.
Um romance francês que foi publicado em 1909 , e se tivermos em atenção esse pormenor talvez assim se justifique o romance atribulado e incompreendido que relatou.

Jerome e Alissa são primos e têm uma grande afeição um pelo outro desde tenra idade.
Jerome acredita que vai casar com Alissa e não percebe o amor da irmã desta (Juliette) por ele que acaba por casar para libertar Alissa para um possível casamento.
Mas a jovem rapariga sente mais prazer na troca de cartas com Jerome , quando este está a cumprir serviço militar do que propriamente com o contacto físico.

Uma história complexa e comovedora que explora as dúvidas e temores da adolescência e do amor. Baseada na interpretação Freudiana,implica muito as experiências da infância para justificar problemas e dúvidas futuros.

Uma escrita muito rica que agrada ao leitor, mas o que mais que decepcionou foi a complexidade de um romance que não "atava nem desatava" e com o seu final, mas , compreendo que estamos a falar de outra época.
De um modo geral é um livro que recomendo.

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