
Nos cadernos de Vargas Llosa , as emoções ardem surdamente entre a vida consciente e a onírica, mesmo quando as pessoas agem obedecendo a impulsos que as normas civilizadas reprimiriam. Vargas Llosa volta ao seu tema de 1977, o da atracção sexual entre um menino e um parente mais velho (como fez em Tia Julia e o Escrevinhador). Destaca-se a personagem de Fonchito, criança precoce, uma espécie de reencarnação do tortuoso pintor austríaco Egon Schiele, que, aliás, procura imitar nos mais ínfimos pormenores. Fonchito manipula a vida de seu pai (Dom Rigoberto) e da sua madrasta (Dona Lucrecia) como se de marionetas se tratassem, as quais, mesmo nas suas fantasias mais íntimas, reagem apenas às suas maquinações.
Livro intenso e sensual ,com uma escrita bastante descritiva e envolvente,fala de assuntos polémicos que como tal causam interesse.
Fantasias realizadas ou apenas imaginadas que "comandam " o dia a dia de uma família não muito tradicional....
Descubra-a!
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