quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Frida


Salma Hayek tem neste "Frida" uma excelente representação embora as suas expectativas saíssem goradas já que a actriz não queria que o mesmo focasse apenas a relação tumultuosa entre o casal ou ao facto de a pintora ter vivido bastante tempo à sombra do marido.

Isso mesmo acontece na biografia da pintora Frida Kahlo que em 1907 nasce no México.Jovem irreverente cedo conhece os desgostos da vida.
Com 18 anos sofre um grave acidente de viação que a deixa marcada para o resto da vida e a faz passar por inúmeras operações.Nesta fase em que tinha de repousar bastante ,já que estava praticamente toda ligada,e para ajudar os pais nos custos,Frida começa a pintar.Primeiro por brincadeira depois ,notando as possibilidades da sua arte ,por vocação.A sua obra reflecte não só os desaires da sua vida ,mas também a força que a pintora encontra nas desgraças que a perseguem, deste a tumultuosa relação com o seu marido Diego Rivera (Alfred Molina),a perca do seu filho,a relação ilícita com Trotsky(que estava exilado no México) ,às suas relações com mulheres ente outras.Os seus quadros são fascinantes,repletos de cor mas simultaneamente de dor;parece que falam já que reflectem tão piamente a sua mente,simultaneamente sofrida mas desejosa de recomeçar.

Esta extraordinária mulher é retratada neste filme com alguma mestria ,tendo uma excelente fotografia,que nos enche os olhos com as magnificas cores que metaforicamente passam da tela para a vida real,tendo contudo uns fracos diálogos que empobrecem um pouco o filme.As representações são boas ,destacando claro ,Salma Hayek,a banda sonora também está de se tirar o chapéu (tendo conquistado o Óscar de melhor orquestração).

Uma história de vida que não conhecia mas com certeza que fiquei a admirar,a Frida se pode chamar,como diziam no filme "uma mulher com tomates"...

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